De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde, os fatores de risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, presentes ou relacionados ao trabalho, podem ser: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, psicossociais, mecânicos e de acidentes e são classificados em cinco grandes grupos. Riscos físicos são decorrentes do ruído, vibração, radiação ionizante e não ionizante, temperaturas extremas (frio e calor), pressão atmosférica anormal, entre outros; Os riscos químicos referem-se aos agentes e substâncias químicas, sob a forma líquida, gasosa ou de partículas e poeiras minerais e vegetais, comuns nos processos de trabalho; Os riscos biológicos estão associados a vírus, bactérias e parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratórios e agriculturas; Os riscos ergonômicos e psicossociais podem decorrer da organização e gestão do trabalho como, por exemplo, da utilização de equipamentos, máquinas e mobiliário inadequados, levando à postura e posições inadequadas ou desconfortáveis, locais adaptados com más condições de iluminação, ventilação e de conforto para os trabalhadores, bem como do trabalho em turno diurno e noturno, monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e na supervisão dos trabalhadores, entre outros. Os riscos mecânicos e de acidentes são aqueles ligados à falta de proteção do trabalhador. Falta de equipamentos de proteção individual, aparelhamento inadequado, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros podem levar a acidentes do trabalho (BRASIL, 2001).
O primeiro método para evitar acidentes em laboratórios de análises clínicas é a contenção, que descreve os métodos de segurança utilizados na manipulação de materiais infecciosos em um meio laboratorial onde estão sendo manejados ou mantidos. Seu objetivo é reduzir ou eliminar a exposição dos trabalhadores de laboratórios de análises clínicas, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes potencialmente perigosos (BRASIL, 2006).